sexta-feira, 3 de abril de 2009

I

Doce e frágil é a rapariga que está deitada debaixo de uma alfarrobeira. Dormitando em cima das folhas secas e coloridas do Verão; em cima de pastos, de plantas rasteiras, que em redor do tronco eclodiram. Por aí, passam vermes rastejantes, emergem filas indianas de formigas, poisam aqui e acolá escaravelhos, uns de cor preta e cor de laranja, outros de cor verde e, ainda outros que têm o corpo pintado de preto. Borboletas brancas voam apressadas, como se quisessem fugir do tremendo calor que hoje faz. Aqui não se ouve o som esgotante e stressante de automóveis e motos, apenas dá para apreciar o cantar dos pássaros, sendo na maioria das vezes pardais e, cigarras; de vez em quando, ouve-se o ladrar de cães e o zumbido das moscas e mosquitos.
Desfrutando de um leve sono, Daniela deixou-se levar pelo irresistível e encantador sonho. Embalada pela fantasia, partiu para outra dimensão, um mundo que está à mercê do nosso poder de decisão, através da avioneta da ilusão para uma floresta exótica onde se refugiam recortes e se arremedam pedaços da vida quotidiana e real com a imaginação e pureza de uma criança.

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