segunda-feira, 20 de abril de 2009

X
Com o seu ar distraído, Daniela olha para a janela. A professora, sem ela dar por isso, deu uma chapada na mesa, e Daniela assustou-se, quase que o coração lhe saltava pela boca. Então a professora disse:
- Ai!, menina Daniela , o que estava eu dizendo?
- Não sei, mas sei que era alguma coisa muito importante, porque se não fosse a professora não me estava a perguntar.
- Bem!, se voltas a estar distraída na aula outra vez, nem sei o que te faça!
- Desculpe professora, não volta a acontecer.

Praticamente todos da turma tinham um sorriso estampado nas suas caras; a Irene quase que não se conseguia conter com tanta vontade de rir que ela tinha.
Hoje, Daniela aprendeu a dividir as palavras por sílabas, ela já tinha aprendido mas já não se lembrava muito bem. Aprendeu que quando só existe uma sílaba chama-se monossílabo, que gato era dissílabo e carvalho era polissílabo. Também fez a correcção do trabalho de casa, e uma ficha de matemática.
Tocou a campainha, e Daniela e suas amigas foram brincar. Mas primeiro, ela comeu o lanche que era iogurte e banana. Trocou com suas amigas, folhas de blocos com desenhos com cheiros iguais ao de perfume. Jogou ao elástico, à macaca e às tais brincadeiras com os braços e as mãos.
Daniela fartou-se de brincar como sempre. No recreio havia um pinheiro que ela e a Irene tinham baptizado como símbolo da sua amizade. No recreio também havia duas figueiras, uma alfarrobeira, uma oliveira e uns quantos pinheiros. Ao pé da estrada existia uma roseira, com rosas brancas. De lá os meninos tiravam os espinhos e colavam-nos nas mãos com cuspo, e diziam para as meninas darem um passãobem. Claro que elas não davam, pois já sabiam o truque; inclusive havia raparigas que o faziam também. Daniela não fazia, quando alguém a chateava ela limitava-se a não ligar.
Sem dar por isso o recreio acabou com o som da campainha. Entraram na sala e a professora deu mais matéria, e no fim mandou trabalho para casa.

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